FISSURA NA SALA DE PARTOS
Por incrível que pareça o parto foi normal.
Para ficar claro, mas bem claro mesmo, cremos que o parto foi “normal” por providencial interferência Divina. Pai Nosso e Ave Maria!
Seguinte – a grávida era fumante ativa, segundo os conceitos de saúde pública, evidentemente o Feto também.
Os dois fumavam em média 10 cigarros/dia.
Sinais e sintomas ocorreram durante a gestação, notificando que a “coisa” não ia nada bem, por várias vezes.
Um mal estar daqui outro dali “é coisa normal durante a gravidez” segundo a Vox Populi. Parece que até a/o obstetra afirmava… ”é normal na gravidez”. E quem diria que não; não é mesmo? Foi o médico que falou!
Gravidez é assim mesmo. Dizem que … náuseas, vômitos eventuais, algumas cólicas, uma dorzinha de cabeça, desejos e aversões alimentares é de praxe… Para tentar enganar intercorrências, um cigarrinho prá relaxar. Será que relaxa mesmo? No pré-natal falaram que não podem tirar o “cigarrinho”, é uma forma de redução de dano. Será?
Pois não é que um pouco antes da data provável de parto, começou um trabalho de parto pra valer.
Direto para o Hospital. Os preparos adequados quase que não foram possíveis, o nascituro numa pressa danada saltou fora da “temporária casa materna”.
Muito pequeno, totalmente murcho, de cor arroxeada intensa da cabeça aos pés. Saltou fora em busca de oxigênio, procurava puro ar puro.
Tremia o corpo todo, inquietude total e absoluta. Chorando quase sem forças, não era só do peito que precisava.
Era o amargurante estado de fissura, ansiava por um cigarro…
Texto do Dr. Roni Quevedo | Médico