Projeto “VI-VENDO”

Projeto “VI-VENDO”
Persiste no Brasil uma grande mácula que atinge os índices de desenvolvimento social do país: o analfabetismo. Seja total ou funcional, o analfabeto é privado do pleno exercício de sua cidadania e enfrenta, na vida cotidiana, complexas limitações. A primeira infância é o período mais adequado para o processo de alfabetização, visto que, nessa fase, a plasticidade cerebral facilita a formação de conexões neurais, cruciais para a complexa associação de letras, sons e símbolos. A prevalência de miopia na população mundial é cada vez maior. Segundo levantamento de 2023 do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), a taxa de progressão desse distúrbio entre pacientes de 0 a 19 anos em relação a 2020 foi de 70%. Há especulações sobre sua relação com o uso prolongado de celulares e tablets e a falta de exposição à luz solar. Durante a pandemia, as crianças foram afastadas das salas de aula e expostas a distrações extensas nas telas de dispositivos eletrônicos. De acordo com uma pesquisa do MEC de 2021, apenas quatro em cada dez crianças no 2º ano do Ensino Fundamental conseguiam ler e escrever adequadamente, comparado a seis em 2019. O projeto “Vi-Vendo”, promovido pela iniciativa “UCPEL mais Saudável”, implementada há mais de 25 anos na universidade, aplica testes de acuidade visual em escolas e em outras instituições municipais. Em 2024, realizaram-se 66 avaliações a partir da Tabela de Snellen, incluindo questionários sobre hábitos e estilo de vida. Entre as crianças testadas, 40 apresentaram algum tipo de problema visual, o que representa 60,61% do total. Dentre essas, a maior parte relatou nos questionários excessivo uso de eletrônicos. De igual maneira, houve significativo número de crianças as quais responderam não realizar nenhuma atividade física ao livre ou prática esportiva.

Autores do texto: Júlia Susin Guerra e Vinícius Moraes Bierhals
Acadêmicos do segundo e do terceiro ano do curso de medicina
Coordenador do projeto:
Roni Quevedo
CRM 10.178
Homeopatia